quinta-feira, 6 de junho de 2013

Esse dia não é teu é do Senhor



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Áudio: Dia do Senhor

Existe uma mentalidade cristã de que todos os dias é dia do Senhor. Embora seja verdadeira essa expressão, mas percebemos uma incoerência pratica para aqueles que assim asseveram. Fazendo do domingo não “O dia do Senhor”, mas o “O dia do descaso”.

Então pra corrigir essa tendência humano de afrouxar as responsabilidades, vamos trilhar por caminho e restabelecer novamente nossos absolutos. Começamos com o Domingo é o dia do Senhor!

Introdução

Você conhece a expressão: Pontífice Máximo? A origem da expressão está atrelada a cidade de Roma e especialmente ao imperador Constantino.

A cidade de Roma nasceu de um aglomerado de casas construídas próximas de uma ponte que atravessava o Rio Tibre. Foi exatamente nesta ponte que Constantino teve aquela visão de uma “Cruz” que dizia “Com este sinal vencerás”.

A dita ponte foi vital para o florescimento da cidade de Roma, uma vez que ela pertencia a uma importante rota comercial.

A importância que os romanos atribuíram a essa ponte foi tão grande que o título “Pontifex Maximus” que significa “Grande construtor de pontes” foi designado aos imperadores e mais tarde ao oficial da igreja católica.

Entretanto essa expressão foi um empréstimo designado aos patrícios. Quem eram os patrícios? Eram cidadãos romanos da nobreza, eles tinham privilégios, isenção de impostos; facilidades governamentais; eram candidatos a preencher cargo de Imperador; eram candidatos a preencher cargo do senador;

O colégio de Pontífices foi o mais importante cargo na antiga história romana. O pontífice detinha autoridade Política e também Religiosa.

Era imensa a autoridade centralizada no Pontífice Maximus. Por exemplo: O regulamento do calendário tanto cível, religioso e astronômico era arbitrado pelo Pontífice Maximus.

Constantino foi um desses Pontífices Maximus. Constantino ocupa um lugar de proeminência por que ele foi ao mesmo tempo “Pontífice Maximus” como pagão, e “Pontífice Maximus” como cristão.

Aliais, ele não abriu mão desse título, mesmo depois da sua conversão, essa foi uma das razões por que ele só foi batizado no leito de morte. Por ser uma associação pagã.

Constantino, também conhecido como Constantino Magno, ou Constantino o Grande. Em latim: “Flavius Valerius Constantinus”.

Foi proclamado imperador por Augustus no ano 25 de julho de 306, triunfou sobre imperadores e bárbaros.

Constantino é uma figura controversa, aclamado por uns e desmoralizado por outros. Mas por que estou falando sobre este personagem histórico?

Por que hoje quero lhe falar acerta do “Domingo”. O Dia do Senhor.

E alguns acreditam que foi Constantino que oficializou o “Domingo como o dia do Senhor”.

Temos que entender que a prática de separar o domingo como o dia do Senhor é muito mais antiga do que dinastia constantiniana. O fato é muito mais remoto. O Domingo é o dia do Senhor por outras razões que comentaremos daqui a pouco.

Mas vamos nos deter sobre essa questão entre: “Constantino e o Sol invictus”.

Em resumo: Constantino foi responsável por separar o “Dia do sol”, domingo, como o dia de descanso e culto no ano 321.  Entretanto somente em 325 no Concílio de Nicéia o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão, e a guarda do sábado abolida no Concílio de Laodiceia.

Mas como isso procedeu? Sol Invicto era um título religioso que foi aplicado a três divindades distintas durante o Império Romano. Foi o imperador Aureliano que introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270 d.C. Fazendo do Deus Sol a primeira divindade do império.

O culto do Sol Invicto continuou a ser base do paganismo oficial até a adesão do império ao cristianismo a partir do ano 313 da era cristã.

O chamado Edito de Constantino foi uma legislação do imperador romano oficializando do “Dia do sol”. O texto reza o seguinte: "Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol”.

A princípio pensaram que Constantino era um Anti-Semita, ou seja, alguém que era contra o povo judeu. Em primeiro lugar por que os judeus estavam sendo caçados pelo império. Em Segundo lugar por que para os judeus o Shabbat é o dia do Senhor e o dia do descanso.

Entretanto foi uma jogada estratégica política e religiosa para convergir ambos os interesses.

Desse modo não podemos negar a influência de um imperador cuja conversão é suspeita, cercada de contradições, mas que favoreceu e muito a igreja que era amplamente perseguida nos primeiros séculos.

Deixando de lado essa história de transição e parceria da igreja com o estado,

Assumiremos como verdadeiro os seguintes fatos:

(1) O Domingo foi separado como o “Dia do senhor” ainda quando Jesus permaneceu com seus discípulos antes da sua ascensão.

(2) Também é importante ressaltar que o Domingo não foi substituição do Sábado judaico.

Desse modo não concordamos que foi Constantino que institui o Domingo como dia do Senhor e mesmo que o Domingo é uma substituição do Sábado judaico

Tese: Então porque, quais são razões da igreja separar o domingo o primeiro dia da semana como o dia do Senhor?

1º Por causa da ressurreição de Cristo

Um dos assuntos centrais da fé cristã: “A afirmação categórica, de que Cristo, o Filho de Deus, ressuscitou dentre os mortos”.

Isto não é uma metáfora para com ela simbolizar uma realidade superior. Isto é um a fato crucial para fé cristã: “Jesus ressuscitou dentre os mortos”.

O relato dos evangelhos insiste muito no detalhe de um tumulo vazio, isto é sem o corpo de Cristo, e também em aparições após a morte do Salvador a diversos discípulos.

O que aconteceu naquela manhã de domingo, após a crucificação de Jesus de Nazaré?

No livro de Corintios, curiosamente, Paulo assume um princípio falseável ao falar sobre esse assunto, ou seja, passivo de ser ou não confirmado.  E ele vai mais longe, e vai dizer: sem essa nova páscoa, isto é sem a ressurreição de Jesus, a esperança cristã, a cruz e o próprio cristianismo perdem completamente sua razão de existir.

Por isso ele advoga com veemência: 1Co 15.14 “ E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé”.

Você crê isso? Você crê que se Cristo não ressuscitou o cristianismo perde completamente seu valor? É verdade!

A ressurreição de Cristo é o “âmago” da fé cristã. É o centro, é a parte mais intima da fé cristã.

Existem tanto conceitos filosóficos acerca da ressurreição:
(1)  Que Cristo ressuscitou apenas espiritualmente.
(2)  Que Cristo ressuscitou apenas no imaginário de seus discípulos.
(3)  Que Cristo ressuscitou apenas no sentido da sua mensagem, ele de fato morreu e está sepultado em algum lugar da Palestina, o importante (Dizem eles) não é se Cristo ressuscitou ou não, mas a permanecia da sua mensagem.

Por essa razão Paulo mandou um recado para os Colossenses, cidade invade de Gnósticos. Colossenses 2:8 “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”.

A ressurreição de Cristo foi até confirmada por relatos históricos por pessoas que não eram simpatizantes com o cristianismo.

Flávio Josefo,
Tácito considerado o maior historiador romano da antiguidade,
Luciano de Samósata um famoso satirista grego,
O próprio Talmud um dos livros judaicos de tradição oral,
Certo tratado chamado “Toledot Yeshu”, um documento judeu contra o cristianismo.

Esse fato é testemunhado não apenas pela bíblia, mas podem ser parcialmente encontrados em vários escritos da antiguidade, fora do ciclo de seguidores de Jesus.

O interessante desses materiais extra bíblicos é que nenhum deles foi simpatizante ao cristianismo.

E curiosamente nenhum deles argumentou que o “tumulo vazio” era uma lenda, todos sem exceção admitem a morte de Jesus e sua ressurreição.

Outra coisa, vamos supor “Que a ressurreição não aconteceu”. É uma invenção! Uma novela criada pelos apóstolos de Cristo com o intuito de não deixar morrer o legado de Jesus de Nazaré. Vamos supor que a ressureição não aconteceu.


Se os apóstolos dissessem que alma de Jesus subiu para o “Pleroma”, ou “Mundo das ideias”, eles teriam o apoio incontestável dos seguidores de Sócrates e de Platão.

Se eles dissessem que ele morreu por completo, mas teve uma vida integra e justa, teria o apoio dos “Epicureus e dos Estoicos”.

Se eles dissessem que ele encarnou numa outra pessoa, teria apoio dos seguidores de “Pitágoras” e dos seguidores egípcios que advogavam na “Transmigração de almas” ou a Reencarnação.

A ressurreição era a menos simpática de todas as teorias, poucos a aceitavam, e sua pregação dificultava tanta a penetração entre os judeus quanto entre gentios.

Tanto é que Paulo e sua mensagem foram bem aceitos pelos filósofos gregos em Atenas...

Até que ele resolveu falar da ressurreição de Jesus, aí o assunto se tornou desinteressante, sobre isso desdenharam os gregos “Te ouviremos noutra ocasião”.

Desse modo: Se os discípulos estivessem criando um “Mito” para abafar o escândalo da cruz, porque eles não poderiam negar que seu mestre morreu crucificado, eles teriam outras hipóteses, ou outras teorias muito mais interessantes do que a Ressurreição.

Assim sendo, o Cristo Ressurreto não era uma invenção, sua história era totalmente difícil de acreditar, mas tão fantásticas que para aqueles que a testemunharam ficaria impossível permanecer calado.

Essa então é das razões porque você deve separar o Domingo para o Senhor. Por a ressurreição não é conto novelístico, mas é um fato concreto. Onde muitos cristãos selaram esse testemunho com sangue.

Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana. Para nós cristãos, o Domingo é do Senhor, por ser o domingo da Ressurreição.

Por isso que você não deve! Se atrasar nos cultos, faltar por qualquer motivo, assumir uma postura de indiferença durante o culto.

Por que é o culto que celebramos a vitória de nosso Senhor sobre a morte. Ora, não estamos mais debaixo da maldição da lei, não estamos mais debaixo da condenação do pecado.

Você deveria ter motivos de sobra para vir ao culto com ânimo no seu coração. Mesmo que talvez cercado por problemas, aqui é o lugar onde a morte e o pecado é lembrado como inimigos poderosíssimos, entretanto derrotado. Porque celebramos a vida conquistada por Jesus Cristo na sua morte e na sua ressurreição.

2º Por causa da prática da igreja primitiva

Lucas relata nos primeiros sete capítulos de Atos à história da igreja primitiva no seu desenvolvimento inicial.

Obviamente uma igreja missionária tende a avançar e conquistar novos territórios expandindo assim a missão da igreja que é levar o “Evangelho aos perdidos”.

Mas foi em Jerusalém onde a igreja manteve uma posição de liderança na comunidade cristã primitiva.

O crescimento foi rápido, outros eram acrescidos diariamente ao número dos três mil até chegarem a cinco mil conforme Atos 4.4,

A perseguição veio incialmente de um organismo politico-religioso, o Sinédrio, com permissão romana.

Mas tarde de cunho politico apenas, Herodes matou a Tiago e mandou prender a Pedro.

As perseguições não cessariam ainda que é o primeiro instante do nascimento da igreja

Nesse momento o Cristianismo também tem o seu primeiro Mártir, Estevam é apedrejado até a morte por líderes judeus.

A igreja judaica em Jerusalém logo perdeu seu lugar de proeminência para outras igrejas. No ano 70 todos os cristãos foram forçados a fugir de Jerusalém. Ficando apenas alguns apóstolos

E a igreja que estava localizada em Antioquia começa ocupar um papel fundamental para o desenvolvimento de missões estabelecendo novas igrejas;

Entretanto, tudo isso começa dentro de um berço onde os discípulos de Jesus faziam coisas em comum.

Atos 5.32-35 “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade”.

Note a legitimidade da igreja na sua fase inicial. Diz as Escrituras que a igreja estava unida no mesmo local. Eles não permitiam que ninguém passasse necessidade. Eles estavam testemunhando ousadamente da ressurreição de Cristo. Diz ainda no livro de Atos que a igreja se reunia para celebrar a ceia do Senhor, estudar a Palavra de Deus, e recolher ofertas num dia especifico da semana.
Atos 20:7 “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”.

1 Coríntios 16:2 “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for”.

Qual é o dia da semana menciona nesses dois textos? Primeiro dia!

O primeiro dia da semana é o dia que a igreja primitiva se reunia para celebrar o nome do Senhor.

Assim sendo você deve reservar um dia para cultura a Deus em coletividade. Você tem outros seus dias para você administrar da maneira que quiser. Obviamente buscando ainda o Reino e a justiça de Deus em primeiro lugar.

Mas como “Corpo local”, o domingo tem sido o dia que a igreja através da história tem dedicado ao Senhor.

No início da mensagem eu havia dito. Todos os dias é dia do Senhor. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, inclusive o domingo.

Entretanto temos concordado que como:

(1)  Serviço coletivo
(2)  Adoração coletiva
(3)  Oferta coletiva
(4)  Estudo coletivo

É o Domingo!

Por essa razão você precisa restabelecer suas prioridades:

Acerta a roupa das crianças logo no sábado
Separa a bíblia, caderno, lápis, livro dominical antecipadamente.
Coloque o relógio para ajudar você despertar antes do horário de culto
Não permita que entretenimento roube você o descanso necessário para sua mente e seu corpo de sábado para domingo.

Ore e peça ao Senhor que lhe perseverança e disciplina para você consagrar esse dia para o Senhor

Não basta você não trabalhar secularmente no domingo. Não basta você apenas vier á igreja.

Você deve dedicar ao Senhor esse dia. É um dia especial; Porque celebramos a ressurreição do Senhor. É um dia especial; Porque a igreja está única de mente e coração para servir ao Senhor. Isso é especial!

Pr. Mário Botão

Referencias
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantino
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_imperadores_romanos
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dito_de_Constantino
http://novotempo.com/evidencias/
CAIRNS, Earle E, Pág 99-102 – Cristianismo através dos séculos.

2 comentários:

  1. 1 Coríntios 16:2 No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar. At 11:29; 2Co 8:4; 2Co 9:1; Paulo não estar falando que este dia foi feito para o descanço, e sim porque ele iria partir para a judeia e as pessoa que estivesse entereçada a doar ajudas para as pessoas daquela região!!!

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    1. • Achei interessante Paulo Eduardo a sua observação, e concordo parcialmente com você, não no sentido do contexto de 1Coríntios 16.2, está certíssimo! Mas na sua descontextualização da minha redação, em nenhum momento caro amigo foi citado que o Domingo é o dia do Descanso, pelo contrário o Domingo é o Dia da Ressurreição, pois é justamente essa a proposta, se você tivesse lido corretamente o conteúdo postado, não chegaria a esse equivoco, verifique, por favor, a introdução que cita "Pra corrigir essa tendência", Agora, permita-me pontuar enfatizando a minha convicção: "Domingo não é teu é do Senhor"; haja vista que são muitos os textos que tecem argumento do modo como à igreja primitiva se reunia enfatizando o primeiro dia da semana. E vamos como os crentes da Judeia levantar nossas ofertas no primeiro dia da semana que é o DIA que a igreja oficialmente se reunia! Abraços!

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